Descrever está dor impossível. Apagar esta dor jamais. Amenizar a dor, quem sabe?

Adianta culpar? Com certeza encontrar os culpados não devolverá aos pais seus filhos, mas encontrar os culpados e investigar as causas faz com que possamos repensar e prevenir o amanhã.

Maravilhoso seria se pudéssemos prevenir sem ter que passarmos pelas catástrofes, pelos desastres, pelos acidentes e pelas tragédias! Mas infelizmente na maioria dos casos somente aprendemos dessa maneira.

Diariamente podemos comprovar que a noção de responsabilidade coletiva ainda é pequena. A negligência impera em muitas situações do cotidiano. Como, criança sendo transportada no banco da frente nos automóveis, a falta de uso dos cintos de segurança, o desrespeito aos pedestres, os motociclistas sem capacetes e comerciantes com alvarás e extintores vencidos são alguns desses exemplos.

Hoje, depois da tragédia, da despedida, do adeus aos nossos queridos jovens, podemos perceber através das mídias, que ‘o mundo todo’ busca melhorar seus procedimentos de vistoria nos seus estabelecimentos de lazer – casas noturnas de shows, boates, teatros etc. Melhorar os próprios procedimentos, o treinamento das pessoas envolvidas, a revisão na legislação vigente, enfim uma revisão geral.

“Kiss, Kiss, Kiss, o beijo da morte veio envolto em fumaça e na rebentação das labaredas. Quanto futuro carbonizado?” (CORONEL). Precisou do Beijo da morte para termos mais consciência dessas situações. O preço foi demasiadamente caro!

Quiçá um dia possamos com a graça divina perdoar este erro e que o mesmo jamais seja cometido!